O estudo do conceito da epigenética pode influenciar de forma positiva a saúde dos alunos
De forma inédita, Microkids Tecnologia lança projeto que promove saúde na prática pedagógica
Incorporar princípios de promoção da saúde na prática pedagógica. Essa é a proposta do novo projeto ETC, da Microkids Tecnologia Educacional. Educar para a saúde na infância e adolescência é essencial, levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e atitudes que acontecem no dia-a-dia da escola.
“A escola pode desempenhar um papel fundamental na educação sobre saúde, não apenas ensinando conteúdos formais, mas também promovendo práticas saudáveis que permeiam todos os aspectos da vida do estudante”, afirma a especialista em Educação Tecnológica e uma das autoras da tecnologia Microkids, Lisalba Camargo. Porém, nem sempre essa visão esteve presente nas práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas, complementa a autora.
Segundo a Organização Pan-americana de Saúde – OPS (1995), a promoção da saúde no âmbito escolar parte de uma visão integral e multidisciplinar do ser humano, assim, as ações de promoção de saúde visam desenvolver conhecimentos, habilidades e destrezas para o autocuidado da saúde.
Dentre desse contexto, o estudo e entendimento das alterações epigenéticas que ocorrem desde o útero até a vida adulta e são influenciadas pelo ambiente, dieta, estresse, e cuidados recebidos, pode contribuir para a promoção de uma vida saudável e prevenir doenças, segundo Dr. Wenes Reis, Cirurgião Vascular, Mestre em Ciências da Saúde, DrPH – Loma Linda University – Califórnia e coautor do novo projeto.
“Integrar o conhecimento sobre epigenética e seus impactos na saúde desde cedo no currículo escolar pode capacitar os jovens a fazer escolhas mais conscientes, impactando positivamente sua saúde a longo prazo e aumentando a expectativa de vida”, segundo Dr. Wenes Reis, Cirurgião Vascular, Mestre em Ciências da Saúde, DrPH – Loma Linda University – Califórnia e coautor do novo projeto.
Ainda, segundo o especialista, estudantes expostos a esses conceitos podem entender melhor a relação entre o ambiente, estilo de vida e saúde, promovendo transformações positivas tanto pessoais quanto comunitárias.
Mas afinal, o que é a epigenética? A epigenética é uma área da ciência que analisa como o ambiente e o estilo de vida podem alterar o funcionamento de nossos genes, herdados de nossa mãe e de nosso pai, que formam o nosso código genético único. Este é o nosso genoma, mas existe também o epigenoma, respondendo às influências do nosso ambiente – que instruem o genoma e determinam a quantidade expressa de genes.
Mas como a tecnologia está inserida nesse contexto? O objetivo desse novo projeto é proporcionar aos estudantes o aprendizado dos conceitos da ‘Epigenética e Longevidade’. Os alunos realizarão uma pesquisa sobre seus genes e construirão um documentário utilizando ferramentas tecnológicas alinhadas às práticas pedagógicas que estimulam a promoção de saúde e a prevenção de agravos à saúde e de doenças. Os alunos poderão entender e vivenciar esse conceito criando games educativos, campanhas publicitárias, jornais, revistas, entre outros.
“Ao inserir o estudo da epigenética e longevidade no currículo escolar desde a educação infantil é possível conscientizar, fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar assim como a saúde do aluno, em um futuro próximo”, ressaltou a especialista, Lisalba Camargo.
A adolescência, em particular, é um período de significativas mudanças hormonais e físicas devido à puberdade, marcando uma fase de intensa maturação neural e emocional. Estas transformações tornam os adolescentes especialmente vulneráveis ao desenvolvimento de problemas de saúde mental e comportamentais, influenciados por fatores ambientais e estilos de vida. A obesidade infantil também é um sério problema de saúde pública que vem aumentando em todas as camadas sociais da população brasileira.
Essas alterações podem influenciar o processo de envelhecimento e também como desenvolvemos doenças relacionadas à idade. Preveni-las significa diminuir, de forma racional e barata, a incidência de doenças crônico-degenerativas, como o diabete e as doenças cardiovasculares, segundo Dr. Wenes.
“Tal iniciativa não apenas prepara os alunos para uma vida mais saudável, mas também pode resultar em uma comunidade mais saudável e na redução de custos com tratamentos de saúde. Portanto, a responsabilidade de integrar a epigenética e longevidade no ensino vai além dos educadores, exigindo o compromisso de toda a sociedade, incluindo famílias, escolas, comunidade e, também, dos responsáveis pelas políticas educacionais”, pondera Dr. Wenes Reis.
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